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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As diferenças

Meu filho faz, nesta sexta-feira, dia 26 de novembro, quatro anos. Cheio de energia – e saúde (graças a Deus) – Cauã Lucas foi uma das coisas mais belas que aconteceu comigo nos últimos 17 anos – já que – em 1993, havia acontecido o mesmo, com a chegada de meu primeiro filho, Jean Carlo.

Mas, ao falar neste espaço do papel de pai que desempenho, gostaria de partilhar com meus amigos leitores a louca experiência que estou vivendo. Acreditei que – a demora para ter o segundo filho – a diferença é de 13 anos – estava servindo para que eu – marinheiro de primeira viagem no início dos anos 90, adquirisse conhecimento suficiente para os desafios de criar e educar um segundo filho, que aguardado estava – e que chegou enfim em novembro de 2006.

Mas não foi – e nem está sendo – bem assim. O choro é diferente, os desejos são diferentes e o pique – ufa, haja energia – também não é igual ao tão frágil Jean Carlo dos primeiros anos. Com a chegada do Cauã, tinha a plena certeza que alguns equívocos não cometeria mais. Algo do tipo: saber como me portar diante de uma criança com 40º de febre, por exemplo. Sabia que não era preciso correr às 2h da manhã para o plantão do hospital ou então, “incomodar” o médico ao ligar apavorado diante do cenário em que estava vivendo. Bom, a experiência me mostrava que tudo isto não é preciso....Mas, capaz, tudo de novo...”Dr., eu sei que são 4h da manhã, mas o que faço Dr????

Pois bem. Não fiz os cálculos corretamente. Acumulei experiência de pai, sim. Perdi o medo e a insegurança. Sei como lidar com a birra e os tombos. Só que esqueci de algo imprenscindível. O tempo passou para mim também. Estou 17 anos mais velho hoje e meu pique já não é mais o mesmo. Cauã adora computador, celular, games, livros e até manja de internet – vê se pode?. Mas tem uma energia fenomenal – bem das crianças espertas do mundo atual. Quer atenção, quer cuidado, quer – e que bom – que eu aproveite as oportunidades de desempenhar meu papel de pai. Mas meu pique não é o mesmo. A rotina do garoto encerra a meia-noite, após inúmeras brincadeiras das quais conta com minha participação. Haja fôlego (- estou velho aos 40???).

E o que mais me impressiona é ver que as diferenças das gerações são tão pertinentes. Sábado, meia-noite: Enquanto um pede para que conte mais uma historinha, outro fala da porta: tchau pai, já estou indo para a festa. Bye bye!!!

E eu me pergunto: como lidar com a dependência e independência dos dois, debaixo do mesmo teto? Como saber dizer sim e dizer não, ao mesmo instante, para figurinhas tão diferentes, mas tão iguais (ao pai)???


Uma saudade

      Neste espaço, entre tantos temas que pretendo abordar, gostaria de, com alegria, partilhar este quadro.
Uma saudade é uma forma de expressar meu profundo reconhecimento pela história de nossa terra, constituida por homens e mulheres que empreenderam, empunharam bandeiras e que, já não estão mais conosco.
     Na estreia deste quadro, recordo a figura carismática e cheio de virtudes, que foi ERNANI DERNADIN. Um homem, um líder, que, como diz a canção de Celso Souza, levou manotaços, pois a vida é rude...lutou como pode, mas não se entregou....
"Não importa o retorno, o importante é que fiz..." 
Com carinho! 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Na Mídia - 2

...continação da entrevista.

Na Mídia - 1

Para partilhar com os amigos, entrevista que concedi à Revista Afinal, de Três de Maio e com circulação regional. Administrada por Gérson Rodrigues, a revista destacou em suas páginas, um pouco da minha história de 24 anos de Rádio e imprensa em Santa Rosa. 

Obrigado

Uma semana no ar e grande repercussão deste blog. Obrigado amigos pelos e-mails recebido.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lobos

Iniciou a batalha. Dentro de mim os dois lobos...do bem e do mal. Quem vai vencer....quem vai vencer afinal? Ah sim....quem eu alimentar.

É assim a vida. Temos as opções. Depende de nós. Qual caminho seguir? Qual atitude tomar? É uma batalha intensa esta de ser humano. Mas, se quisermos, se assim o desejarmos, poderemos vencer. Basta saber fazer escolhas certas. Mas, quais são elas? Depende de nós. Tão somente de nos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estreia!

Hoje, estreio neste espaço, publicando periodicamente textos de minha autoria,
para partilhar com os amigo.

"Nossa agenda - nossa história"

A pressa, sempre a pressa. Vivemos correndo, sem tempo para nada, e com falta de tempo em nossa agenda. Maldita agenda, que nos controla, a comandar nossos passos.
Mas nesta correria, as vezes nos deparamos com situações inusitadas - quando abrimos nossos olhos e o coração.
Pois na manhã de sexta-feira, depois de muita insistência do Jairo Madril, Editor Chefe do Jornal Noroeste, topei acompanhá-lo no seu tradicional cafezinho. Diante do prédio antigo da prefeitura, esta estrutura que - um dia - se transformará em Centro Cultural - tudo leva crer -, um senhor - que parecia ter todo o tempo do mundo - olhava atentamente para aquela estrutura abandonada, como se voltasse no tempo, a reviver lembranças.
Pois era fato. Nos abordou e, devido a correria, Jairo e eu lhe ouvimos, mas sem diminuir os passos - que falta de respeito, continuarmos caminhando enquanto aquele velhinho, com um sorriso no rosto e olhos de brilho intenso tentava dialogar conosco. Ao longo dos seus 80 e poucos anos - lembro-me de ter perguntado sua idade -, ele afirmara, em um tom saudosista, que havia trabalhado ali. Ritmo desacelerado - mas sem perder nosso 'precioso' tempo -, passamos a ouvir seu relato. 
"Que pena. Como este prédio foi ficar neste estado?", lamentou. "Carreguei muitos tijolos da olaria até aqui. Eram tijolos dos bons. Aqueles grandes, que por seu tamanho uma carga era de 500 unidades", ressaltou. Seguimos, após um rápido "pois é senhor. Fazer o que né. Tenha um bom dia!".
Fiquei a pensar. Aquele momento deixou-me lições. A primeira, do quanto é importante valorizar as pessoas. Aquele vovô queria falar e - mais do que isto - esperava ser ouvido. E percebi que ele não era o único. Maldita agenda, que nos controla, a comandar nossos passos.  
Outra: o quanto é importante cuidar de nosso patrimônio. Nossa história é formada por obras e homens. Não podemos esquecer que, diante do concreto armado - barro ou cimento - existe o humano, o ser.
Aquele vovô via com emoção - e com tristeza - o que para ele parecia impossível. 'Como o prédio que ajudaei a construir, nos anos 40, sob a coordenação do prefeito Pautilho Palhares encontra-se hoje - e não é de hoje - assim?'.
Ele lamentou muito. Eu também.
 
 
Claudiomiro Sorriso
Escritor
Repórter/Redator/Radialista
Rádio e Jornal Noroeste de Santa Rosa