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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O vôo da águia e a crise dos 40

A águia é a única ave que chega a viver 70 anos, você sabia? Mas para isso acontecer, por volta dos 40, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. 
Suas unhas compridas e flexíveis a deixam com dificuldades para agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico, alongado e pontiagudo, curva-se. Envelhecida e pesada em função da espessura das penas, passa a ter dificuldades para voar.
Então, eis que, diante do cenário, conta com duas possibilidades: deixar as coisas como estão e então morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que se estenderá pelos próximos 150 dias.
Sendo esta sua decisão, a águia voa para o alto de uma montanha e recolhe-se em um ninho próximo a um paredão, onde não precisará voar. Aí, começa a bater com o bico na rocha até conseguir arrancá-lo. Depois, espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar as velhas unhas. Quando as novas começarem a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Somente passados cinco meses ela poderá sair para o vôo de renovação e viver os próximos 30 anos.
Bom, por que trago, caro leitor, esta história? Como sempre, para reflexão. Tenho encontrado amigos, que afirmaram categoricamente, que diante dos desafios que a vida impõe e dos sobressaltos por que passam, estão com a plena certeza de que existe sim a tal ‘crise dos 40’. E ela assombra o homem, e desencadeia, caso esteja fragilizado, uma série de transtornos. 
Li uma vez, que é em torno dos 40 anos que alguma coisa subterrânea começa a ocorrer com a gente e os seres humanos sentem que estão no auge de sua força criativa. É quando podem - ou não - entrar em contato com forças profundas de sua personalidade.
Também acompanhei em um artigo que especialistas em administração de empresas afirmaram que tem uma hora em que elas começam a crescer e seus dirigentes têm que tomar uma decisão: fazer com que a empresa cresça ainda mais assumindo mais pesados desafios ou, então, fechem suas portas, porque ficar estagnado é apenas adiar a morte.
Desafiador demais, não acham?
Mas e nós, humanos seres, como reinventar-se? Como renovar-se a fim de que, vencida a batalha, possamos prosseguir, como a águia, prontos para novos voos? 
Medos e incertezas sempre estarão presentes. Neste período, ainda mais. Mas sejamos como águias. Sigamos seu exemplo. 
Troquemos nossas dúvidas e incertezas como se arrancássemos as velhas garras, as espessas penas e frágil bico. E assim, saberemos que é possível passar por ela – a crise – e sermos bem melhores do que éramos. 
Agora, o processo é lento, ah, se é! Vai por mim. 

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