Eles estão nas ruas. Bandeiras em punho, material impresso
na mão, jingles tocando e militância acompanhando. A campanha política, mesmo
que de forma tímida, está aí.
Bom caro amigo, estou falando de política neste espaço
criado com a proposta de falar de tudo, menos deste tema. Mas não tem jeito.
Este momento me encanta, é especial.
Principalmente por ser uma eleição em âmbito municipal, e
cujo pleito mexe com a vida de tanta gente ao nosso redor.
Então, preciso dizer. Gosto de ver bandeiras tremulando e
pessoas identificadas com elas. Gosto de receber os chamados ‘santinhos’ (quem
será que deu este nome), de ouvir candidatos, e saber de suas propostas.
Afinal, o que eles falam que pretendem fazer diz respeito a mim, aos meus, a
todos nós. Então, antes da escolha, é preciso ouvi-los.
São homens e mulheres (em menos quantidade, é bem verdade)
que merecem consideração. Sei de muitos, como você caro leitor, que diz não
gostar da política – e de políticos – e que, por causa de tantas ‘lambanças’
por aí a fora, ficou desacreditado destes que, em muitas vezes acabaram por não
cumprirem seu papel após receberem seu voto. Mas sei também, que desde que a
democracia passou a vigorar e nos dar o direito a escolher representantes,
temos mais voz, e vez. Viva a democracia – apesar de tantos erros, avançamos (e
isto é bom).
Então, convido-o a uma reflexão. Neste período de campanha
nas ruas (e logo vem o horário eleitoral no rádio e TV), que saibamos olhar
para aquele vizinho, aquele colega, aquele conhecido da gente – pessoas a quem
sempre nos relacionamos bem – com o mesmo respeito.
Veja bem, ele não mudou. Ele teve a coragem que você não
teve. Ele ousou sonhar, fazer a diferença. Ao invés de criticar, decidiu em
fazer história.
Agora, sendo eleito, ele fará as mudanças necessárias? Vai corresponder
a suas expectativas? Isto, só o tempo dirá. O fato, é que em nossas mãos, temos
uma arma poderosa: o voto. Saibamos usá-la.
Pois é. Você deve estar pensando: a coluna não falou do
cotidiano, não falou da vida, das relações humanas...
E eu lhe digo. Falei sim. Em cada palavra, em cada frase.
Afinal, fazer política é sonhar com um lugar mais digno, melhor, é ter ideal –
independente das cores partidárias.
E tudo isso, resumo nos versos da canção Gente Humilde,
composta por Garoto e Vinicius de Moraes:
Tem certos dias, em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a tudo quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
.....
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde que vontade de chorar
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