Quantas vezes você já ouviu tal questionamento, diante de
conversas e pedidos a respeito de fazer alguma coisa por alguém. A pergunta se
refere a qual vantagem terá a pessoa ao desempenhar tal tarefa.
Neste mundo materialista, onde se corre a todo tempo, e de
forma intensa, atrás de dinheiro e reconhecimento – não necessariamente ambas
as coisas – tudo tem um preço. O que vou adquirir, o meu preparo para
prosseguir e as ferramentas para desempenhar tarefas, tudo – mas tudo mesmo – tem
um valor a ser pago. Não vem de graça.
Então, o que vou ganhar com isso acaba sendo uma filosofia.
Se vou fazer algo, independente do sua dimensão ou importância, não pode sair
de graça.
Mas dentro do espírito humanitário – e cristão – fazer algo
por alguém não tem preço e, por tanto, não deve ser cobrado – ou pago.
Falo das situações onde posso ser voluntário, dedicar-me
pela causa, e, por ter conhecimento, oferecer algo a mais diante dos cenários.
Voluntariado, eis uma palavra de ordem, a qual me inspira muito.
Se posso fazer, e fazendo, ser um instrumento de
transformação, por que não fazer? Por que não começar?
Conheço muitos, de origens distintas, diferentes classes, e
situações diversas, que fazem, e muito. E ao fazer encontram na ação a resposta
para a pergunta: o que eu ganho com isso?
Não, não é dinheiro que elas recebem ao final da tarefa. Não
são valores financeiros que as movem e motivam a fazer mais. Mas fazem, um
pouco aqui, outro ali, e cada vez mais.
Ser voluntário é isso. É ampliar horizontes. E dedicar-se a
causas que se entendem justas. E por fazerem, possuem a percepção de que todas
são justas. Torna-se bandeira, filosofia.
Sim, sabem o que ganham com isso. E não tem preço. São mais
felizes. Dormem bem, dormem em paz e com a vontade de fazer ainda mais, sempre
mais.
Enquanto isso, tantos outros, e com mais condições,
continuam a buscar respostas para a pergunta: o que ganho com isso? Não
encontram. Pois se não fazem, nunca saberão.
Você já observou o quanto são felizes as pessoas que atuam
nas festas em comunidades, em serviços de pastorais em igrejas, em ministérios,
em missões, nas entidades assistenciais de sua cidade?
Há algo que as completa, e, se sombras de dúvidas, é
resultado do serviço que prestam. E as vezes, buscam forças, sabe-se lá, de
onde, para fazer o bem ao outro (vejam as voluntárias da Liga de Combate ao
Câncer, Mama Viva e outras entidades, onde se sabe, quem ali está, muitas vezes
passou pelo sofrimento, pela dor, mas venceu. E ao vencer, resolveu se entregar
pela causa. E a causa é nobre.
O que ganho com isso? Pergunte-se, quando for convidado para
ações sociais. Mas encontre a resposta fazendo. Verá que ganhou bem mais do que
vale. Até porque, ser voluntário, ser cristão, ser humano, ah, não tem preço.
Tenha certeza. Eu acredito.
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