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domingo, 18 de dezembro de 2011

Futuro-Passado

Pois bem, 2011 se aproxima do fim. Foi o ano das comemorações do 80º aniversário de emancipação de Santa Rosa e também da Associação Comercial.
A cidade que hoje conhecemos, construída por muitas mãos e muitos sonhos, será que é a projetada pelos pioneiros desta terra? A resposta, não a temos, mas sabemos que muita coisa aconteceu para chegarmos onde chegamos.
Mas, como será Santa Rosa daqui há 80 anos? E o mundo? E a humanidade?
Não, caro leitor, não é preciso dar respostas. Não é esta a intenção.
Pois bem, em 1931, o jornal New York Times, ao completar seu 80ª aniversário fez esta pergunta. Como o mundo vai estar daqui a 80 anos?
Algumas personalidades da época, escreveram nas páginas deste importante jornal, o que pensavam sobre o assunto.
Era sem dúvidas, uma difícil missão, pois, como fazer previsões o amanhã, baseado apenas no hoje? Como imaginar um cenário futurista, e ainda discorrer sobre o homem, neste processo de evoluir, se ainda não se conhece este ser profundamente?
Mas eles se posicionaram, e é esta posição que trago hoje, para uma reflexão.
Os artigos do NYT renderam previsões como as de William Ogburn, sociólogo americano que dizia: “em 2011, a mágica do controle remoto será algo banal”, e “daqui a 80 anos as pessoas serão mais nervosas, e as desordens mentais vão aumentar”. Pois é, amigos, qualquer semelhança é mera coincidência.
Por outro lado, o próprio Ogburn escreveu que “a pobreza será eliminada e a fome, como força motriz das revoluções, não será mais um perigo”. Consegue avaliar o cenário atual, meu caro?
O sociólogo foi mais longe. Disse que via a família como algo que não podia ser destruído, mas apostava que esta instituição seria “menos estável” no futuro. “A taxa de divórcios será bem maior do que a de agora. A vida das mulheres será mais como a dos homens, elas vão passar mais tempo fora de casa.”....Sim, ele apontou isto há oito décadas.
Pois, Henry Ford, o fundador da Ford Motors, empresa que revolucionou a indústria automobilística, escreveu que o progresso mais significativo da humanidade até 2011 seria “perceber que não tivemos tanto progresso quanto o barulho do nosso tempo sugeria que faríamos. Não que o futuro não prometa muitas coisas. Pelo contrário, promete tantas que o presente se torna monótono na comparação. Mas temos que entrar no futuro por uma antessala, um caminho de autoanálise, e com certa penitência por nossa estupidez passada.”
Ford achava que, neste ano (2011), os homens falariam menos sobre consciência social e mostrariam mais evidências de ter realmente feito as tais coisas sobre as quais falavam. “O único lucro da vida é a própria vida. E eu acredito que, nos próximos 80 anos, teremos mais sucesso em propagar este lucro”. - Sábias palavras.
Já o físico Arthur Compton, ganhador do prêmio Nobel, destacou que haveria um fenômeno de integração mundial. “A comunicação impressa, verbal e pela televisão será muito mais comum do que é hoje, de modo que o mundo todo será como uma grande vizinhança”.
Bom meus caros, aparentemente, brincou-se de adivinhar o futuro, mas confesso achar o fato fantástico. Afinal, todos nós temos o desejo de saber como será o amanhã, mesmo que seja ele, distante.
E você, já parou para pensar como será o mundo – e a humanidade – daqui a 80 anos?

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