“Eu quero ter um milhão de amigos, e bem mais forte poder
cantar...”, dizia Roberto Carlos, em uma de suas canções nos anos 70. O verso,
integra uma obra que se imortalizou. Trata-se de um clássico. Refere-se ao
desejo de não andar só no caminho, pois, com a presença do outro, e tantos
outros, a quem se chamará de amigo, é possível vencer obstáculos, trilhar por
caminhos corretos, se levantar diante da queda, seguir em frente.
É também do Rei outra afirmação, cantada em versos – aliás,
composta com seu parceiro Erasmo, o tremendão: “Você meu amigo de fé, meu irmão
camarada...” inicia a canção Amigo, na qual referencia toda a verdade que
existe na relação de amizade entre duas pessoas que sabem reconhecer o valor do
outro.
“...O seu coração é uma casa de portas abertas, amigo você é
o mais certo das horas incertas...”, cita a obra, lembrando também que, em
muitos momentos da vida, o amigo é capaz de apontar soluções, mesmo que, com
apenas palavras ou gestos de carinho. “As vezes em certos momentos difíceis da
vida, em que precisamos de alguém para ajudar na saída. A sua palavra de força
de fé e de carinho, me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho...”
Assim é o amigo. Assim é a amizade. Temos alguém, que em
todas as circunstâncias de nosso dia a dia, agem como um pilar, a manter nossas
estruturas inabaladas, mesmo diante das tragédias, das dores e incertezas. Ah,
a amizade. Qual é seu valor, afinal?
Um poeta bem nosso, e que deixou saudades, Rui Biriva também
enalteceu a figura deste ser que exerce um poder especial sobre nós. Na canção
do amigo, o Tchê Loco cantou que a “Amizade, é dom divino da paz. É poesia e
violão cantando a mesma canção, com duas vozes iguais. São os diamantes da vida
que brilham nos olhos da gente. Um amigo é para sempre, um amigo é para
sempre”. Sabias palavras, não? “Diamantes da vida que brilham nos olhos da
gente...”.
Versos que encantam, emocionam e nos fazem ver qual o
verdadeiro sentido da palavra ‘Amigo’.
Padre Zezinho, um dos mais importantes nomes do catolicismo
no Brasil, e cujas obras são conhecidas na América, um dia escreveu, e cantou
com maestria que amigos são “luzes que brilham juntas, velas que juntas queimam
no altar da esperança...”
Relatou que amigos são “trilhos que juntos percorrem os mesmos
dormentes e vão terminar no mesmo lugar. São aves que vão em bando, verso que
segue verso nas rimas da vida...São barcos que singram os mares, até separados,
mas sabem o porto onde vão se encontrar...
E diz, que ‘são assim os amigos que a vida me deu...’. Ou
seja, resumindo, disso muito.
Mas, e então, o que você acha? Como cantou Milton
Nascimento, na obra composta com Fernando Brant, “Amigo é coisa para se
guardar, debaixo de sete chaves...Dentro do coração”???
Mas então, onde estão seus amigos? Já deu um abraço? Já
disse o quanto eles são importantes para ti?
Hoje, no Dia Internacional do Amigo, fica a certeza,
declarada e eternizada pelo Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint Exupéry: “Tu te
tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Ou seja, o teu amigo.
.....’Amigos para sempre é o que devemos ser, na primavera
ou em qualquer das estações....’
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